Pensamento computacional no dia a dia da sala de aula: como é aplicado

Raciocínio lógico. Resolução ágil de desafios complexos. Análise de dados e identificação de padrões em diferentes contextos. Essas são apenas algumas das capacidades potencialmente desenvolvidas a partir de uma aplicação eficiente do pensamento computacional no cotidiano de uma sala de aula. 

Termo utilizado pela primeira vez, na década de 1980, pelo matemático sul-africano e professor do MIT (Massachusetts Institute of Technology) Seymour Papert, o pensamento computacional é uma prática de ensino que, baseada nos princípios da programação e da ciência de dados, busca fortalecer nos estudantes competências e novos modelos cognitivos, visando, sobretudo, à eficiência na busca de soluções para problemas.

Embora tenha raiz no universo da Ciência da Computação, tem uma abordagem muito mais ampla, podendo ser utilizado em disciplinas das áreas de Humanidades, Ciências Biológicas e até das Artes, que podem se beneficiar bastante desse modelo, ao estimular, dentre outros pontos, a criatividade dos alunos e a análise objetiva em cenários de aprendizado científico.

A partir dessa apresentação geral do conceito de pensamento computacional, uma dúvida muito comum das famílias diz respeito a como essa estratégia de ensino é aplicada no dia a dia de uma escola. Para responder a essa questão, destacamos alguns dos pilares centrais trabalhados no Colégio EMECE relacionados ao pensamento computacional.

Mas, antes, que tal nos aprofundarmos um pouco mais no entendimento dessa abordagem?  

Quais as bases do pensamento computacional?

Para entendermos realmente como funciona a proposta e os objetivos do pensamento computacional, é importante analisarmos os 4 princípios que norteiam essa abordagem. São eles: 

Decomposição

Imagine que um aluno precisa resolver um problema complexo. Qual o melhor caminho para encontrar as soluções daquele cenário? No pensamento computacional, o estudante aprende a dividir aquele problema em partes menores e, a partir da resolução por etapas, chegar ao resultado final de modo mais eficiente e objetivo.  

Abstração

O verbo abstrair deriva do latim abstrahere, que significa desatar, desligar. Nesse sentido, a abstração é a capacidade de filtrar informações, de utilizar os dados que importam para que o estudante alcance seus objetivos e encontre a solução para problemas. Logo, essa competência auxilia no foco e na concentração dos alunos. 

Reconhecimento de padrões

Por meio da identificação de padrões, o estudante será capaz de utilizar recursos e analisar os pontos em comum identificados nas partes menores dos problemas complexos, fortalecendo suas habilidades lógicas e analíticas.  

Pensamento algorítmico

Por fim, o pensamento por algoritmos envolve o uso da lógica, a descrição por leitura de cenários e a criação racional de caminhos e fórmulas para que se alcance a solução de um problema/contexto/cenário.

Como o pensamento computacional é aplicado na sala de aula?

No EMECE, o pensamento computacional é aplicado desde os Anos Iniciais do Ensino Fundamental e durante todo o Ensino Médio, versando sobre a cultura digital e a resolução de problemas como competência geral a ser desenvolvida nos estudantes, e alinhado diretamente às exigências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Veja alguns dos destaques dessa abordagem nos dois segmentos educacionais:

Ensino Fundamental (Nível Introdutório)

Nessa fase, é desenhado o início de todo o entendimento das bases do pensamento computacional, a partir de uma série de atividades, como o funcionamento de programas simples, propostas desplugadas e a utilização da tecnologia de maneira segura.

Ensino Fundamental (Nível Intermediário)

No próximo passo, o estudante passa a se familiarizar com linguagens de software e uso de recursos digitais para que se alcancem objetivos específicos.

Ensino Médio (Nível Introdutório) 

No Ensino Médio, é trilhada uma jornada de aprofundamento das habilidades relacionadas ao pensamento computacional, envolvendo desde o entendimento mais detalhado sobre os processos algorítmicos até a decomposição de problemas. 

Ensino Médio (Nível Intermediário)

Em seguida, o aluno é ensinado a utilizar modelos de projeção computacional para a resolução de problemas do mundo físico e questões mais avançadas, como o uso de redes de computadores para a comunicação e o trabalho colaborativo. 

Ensino Médio (Nível Avançado)

Na última etapa do ciclo do pensamento computacional, o aluno passa a entender aplicações da Ciência da Computação que podem contribuir com a sua carreira – do design thinking ao estudo de princípios da Tecnologia da Informação.

Pensamento computacional e formação para o futuroComo foi possível observar, são muitas as possibilidades de aplicação do pensamento computacional nas escolas. O importante, nesse sentido, é que sejam observadas jornadas de aprendizagem de acordo com os níveis de desenvolvimento dos alunos. Assim, os benefícios dessa abordagem – que incluem desde o estímulo à criatividade até o fortalecimento do raciocínio lógico – serão alcançados em favor da formação humana e técnica dos estudantes.

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